sexta-feira, julho 30, 2010

Intolerância religiosa x Liberdade Religiosa/Crença: perdemos o rumo.





 (por Pai Etiene Sales - sacerdote umbandista)

Várias e várias vezes durante meus 43 anos, eu escutei que Deus é amor (independente da religião). Entendendo esse amor como o amor de um Pai que educa seus filhos (nós a Humanidade), mas sabe que um dia eles irão crescer e fazer as suas próprias escolhas, boas ou ruins. Porém, cabe a um Pai ensinar, educar, mostrar os vários caminhos, dar as condições necessárias aos filhos para que eles, um dia, possa caminhar por eles mesmos.

Acredito que isso é o dever de um Pai, é o compromisso de quem educa seus filhos para o bem, para as boas ações, para o entendimento entre os homens, independente de etnia, credo, cor, status social ou econômico, mas dentro de um fator de igualdade, pois somos todos iguais (embora uns pensem erradamente que são melhores que os outros), pois todos nós sofremos, choramos, sentimos dor, temos problemas, podemos estar um dia em cima, mas também podemos um dia estar embaixo, adoecemos, amamos, e, dentro do maior nivelador de nosso planeta, todos nós um dia (ricos ou pobres, independente da religião) morreremos.

As religiões, todas, em sua grande maioria, lidam com tudo o que falei acima, pois fazem parte de nossa caminhada, de qualquer existência humana. Algumas vezes no geral de nossos conflitos, outras em particularidade que irão variar de pessoa para pessoa. Mas todas abração esses problemas, dando a eles um significado, um porque e, às vezes, uma motivo.

Algumas crenças se tornaram fundamentalistas*, fanáticas e perseguidoras, pois criaram um motivador para as desgraças, para os reveses, e um solucionador, ou seja, o Demônio que causa os males e Deus que tudo pode, que é só amor.

Bom, são visões de cada crença que assim estabelece um algoz e um defensor, um bem e um mal. Só que nessa relação de bem e de mal, de bom e ruim, de algoz e defensor, algumas crenças aqui no Brasil, principalmente as Neo-Pentecostais e outras Igrejas do Gênero (entendendo que outras correntes Evangélicas, no seu geral, nos respeitam, e não se pode generalizar as agressões que recebemos) que chamamos de maus crentes, criaram nos cultos Afro-descendentes uma associação com o Demônio, nos demonizando em seus cultos, rádios, programas de TV e até em suas publicações, sendo tudo isso anunciado e fomentado por maus Pastores, que se utilizam do proselitismo religioso**, criando um "exército" para destruir e lutar contra nós, os endemoniados.

Diante de tudo isso, entendemos que é uma grande ignorância e incoerência, pois Jesus não fomentou discórdias, não perseguiu outras crenças (ou instigou seus discípulos a fazer isso), e trouxe a máxima do que é ser cristão:

"Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando." Jo 15:9-17.

Jesus, ao máximo, proclamou o amor e não o ódio, a aproximação entre as pessoas e não a distância, o respeito e não o desrespeito, a igualdade entre as pessoas e não a discriminação. Abraçou mendigos, leprosos, prostitutas, adúlteros ... como iguais, porém, foi perseguido por suas ideias, por sua postura. Foi traído, negado, agredido, chicoteado e crucificado. Em muito por acreditar que o amor, o respeito, a igualdade (alteridade) entre os homens era possível. Jesus teve atitudes de respeito entre os homens e, em seus ensinamentos, nunca houve espaço para a Intolerância, para o desrespeito com o outro, mesmo que de outras crenças.

Se Jesus pregou o amor, o respeito, o se dar ao outro, porque então essas correntes de "maus crentes" e seus "maus Pastores" nos perseguem, enganando seus próprios crentes em instigar e fomentar a intolerância religiosa, o combate a outras crenças, principalmente ao povo de Umbanda e Candomblé? Isso é algo para pensar.

A Umbanda (nas suas vertentes) e o Candomblé (em suas vertentes) não são conjuntos religiosos do Demônio. Não fomentamos o mal, a discórdia, a guerra, o ódio. Nossos cultos são apenas diferentes dos cultos Cristãos (que também são variados, pois existem dezenas e dezenas de religiões Cristãs, e todas diferem em forma, ritos, visões, cultos, liturgias) e porque temos cultos diferentes, isso não quer dizer que somos Demônios ou merecemos agressões ou insultos.

Aqueles "maus crentes" que nos agridem, por ignorância, sem enxergar os reais ensinamentos de Jesus, estão repetindo exatamente o que fizeram com ele: a intolerância, a calúnia, a perseguição, a agressão, a tortura e a morte.

É certo e verdadeiro que existem más e boas pessoas, mas também existem as más e boas crenças, os bons e maus seguidores e os bons e maus líderes. Tanto na Umbanda, como no Candomblé também existem maus adeptos, como também existem maus líderes. Não somos melhores ou piores do que ninguém, mas, do mesmo modo que não podemos generalizar que só existem "maus crentes", pois existem os "bons crentes", não podemos ser vistos somente por aqueles de nós que agem erradamente. Da mesma maneira que não se pode generalizar os Católicos, por que alguns padres erraram e se entregaram á pedofilia; como não podemos generalizar o Islã, por que alguns se dão a ser "homens bombas"; como não podemos generalizar os Evangélicos pela intolerância religiosa ou por contrabando de dinheiro, só porque alguns pastores já foram presos por contrabandear dinheiro em bíblia ou fomentam a agressão a outras crenças. A final, todas as religiões têm bons e maus seguidores e não se pode generalizá-las pelo lado negativo.

Uma outra coisa que é certa e verdadeira é que ninguém nasce intolerante e preconceituoso. Isso é ensinado, estimulado, passado um para o outro. Se um religioso (independente da religião) é educado em cada encontro, em cada reunião, em cada manifestação de sua fé, a ver o outro como algo ruim, como o demônio, o capeta, o mal, ele começará a criar essa ideia. Se ele for convencido que o outro, a outra religião e seus membros são responsáveis pelos seus problemas, ai mesmo que a intolerância se instala, pois a pessoa é submetida a isso constantemente, diariamente, e acaba se tornando um intolerante, que, mais cedo ou mais tarde, a despeito do amor ao próximo (talvez até seja dito a ele que o próximo e o amor, é dado e compartilhado somente com os seus, da mesma fé), irá cometer um crime, uma agressão a uma pessoa de outra religião. Simplesmente por ela ser de outra religião, independente de ser homem, mulher, idoso ou criança.

Para o Brasil realmente consolidar um sistema Democrático e de igual direito para todos, em que todos são vistos e respeitados como iguais, independente da diversidade e da pluralidade que é o povo brasileiro, não podemos mais aceitar ou sermos coniventes com a intolerância religiosa, pois pessoas irão se machucar, e até morrer, em virtude do proselitismo religioso, da intolerância, da demonização e da ignorância religiosa.

Cabe ao Estado entender o problema e combatê-lo, cabe a sociedade como um todo também combatê-lo a CCIR - Comissão de Combate à Intolerância Religiosa trabalho incessantemente nesse sentido, mas cabe, principalmente, aos religiosos combatê-lo em seus templos, educando seus fiéis para o respeito ao próximo . Cabe aos sacerdotes entender que, se um de seus fiéis agredir uma pessoa de outra religião, só porque ela é de outra religião, que ele também é responsável pela agressão, pois não educou o seu fiel nas bases do respeito e do amor ao próximo.

A história humana mostra o que aconteceu ao longo do tempo em face à intolerância religiosa (uma visão resumida):

- perseguição dos Judeus pelos Romanos;
- perseguição dos Cristãos pelos Romanos;
- perseguição dos Pagões e Hereges pela Igreja Romana;
- Inquisição da Igreja Romana;
- Inquisição das Igrejas Protestantes;
- perseguição dos Católicos pelos Protestantes;
- perseguição dos Protestantes pelos Católicos ...

A humanidade cresceu tanto em ciência e tecnologia, mas ainda é primária e precária em HUMANIDADE.

Estamos repetindo os mesmos erros do passado, e talvez Jesus (onde estiver) continue dizendo: "“Pai, perdoa-lhes: porque não sabem o que fazem” (Lu 23:34)".

Já está na hora de começarmos a entender a responsabilidade que temos uns com os outros.

AXÉ, AMÉM , SARAVÁ, MUTUMBA, KALOFÉ, MALEC SALAM, NAMASTÉ, SHALOM ...
PAZ PARA TODOS, AMOR ENTRE TODAS AS CRENÇAS!!!

Pai Etiene Sales é sacerdote umbandista da Tradição de Umbanda de Pretos-velhos,fundamentada no culto Omolokô.
Escritor e cientista da religião (pós-graduado em Ciências da Religião).

quarta-feira, julho 28, 2010

Verdades sobre a magia por Wagner Borges


Encontrei este pequeno artigo de Wagner Borges sobre as magias que se praticam por aí. Resolvi publicá-lo neste post porque concordo com o texto.

A magia trevosa (negativa - nota minha) é basicamente emocional. Só funciona nas vítimas que estiverem na mesma freqüência emocional dos feiticeiros e seus asseclas astrais.



A energia gerada pelas egrégoras trevosas funciona através do ódio, do medo e da sugestão, e o objetivo é sempre a dor e o desespero.


Na verdade, o que todo feiticeiro deseja é a ditadura espiritual e o domínio sobre os outros, através das forças elementais da natureza. O feiticeiro deseja comandar, mas acaba, ele mesmo, sendo um escravo das forças perversas que desencadeia.


O mal vai e vem. A semeadura das ações é livre, mas ninguém deve esquecer-se de que a Lei do Carma é inexorável e regulada por códigos siderais, que estão além do entendimento dos homens.


Se a semeadura é livre, a colheita é obrigatória.  Quem planta o mal, acaba colhendo espinhos.


Quem planta amor não é bem compreendido no seio de seus irmãos terráqueos, que chafurdam ainda na animalidade, mas é compreendido pela natureza e pelo tempo, que, na devida ocasião, lhes apresentará os frutos harmônicos do bem, pois, quem planta amor colherá, sem dúvida, muito carinho pela eternidade afora.


Que ninguém se esqueça da própria imortalidade e nem dos atributos internos que cada pessoa deve ter.


A melhor maneira de defender-se do mal não é usar nenhum amuleto, círculo mágico ou ritual obscuro, mas sim, usar o talismã do bom pensamento, a magia branca do amor e do perdão, o mantra da boa palavra, a energia do sentimento e, acima de tudo, o ritual de ser uma pessoa equilibrada a todo instante.



Wagner D’Eloi Borges – nascido no Rio de Janeiro em setembro de 1961 – é pesquisador espiritualista, projetor extrafísico, conferencista, consultor da Revista UFO e colaborador de várias outras revistas como, Sexto Sentido, Espiritismo e Ciência, Revista Cristã de Espiritismo, e também do Jornal O Legado.

É escritor - autor de onze livros dentro da temática projetiva e espiritual, dentre eles a série “Viagem Espiritual”, sobre as experiências fora do corpo.
É colunista de vários sites na Internet: Guruweb – www.guruweb.com.br, SomosTodosUm - http://www.somostodosum.com.br/ , IPPB: www.ippb.org.br, dentre outros.
Projetor-pesquisador, professor, conferencista e escritor.
Ex-colaborador do Prof. Waldo Vieira no extinto Centro da Consciência Contínua e na confecção da primeira edição do tratado Projeciologia: panorama das experiências fora do corpo, de 1986.
Fundador do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas - IPPB. http://www.ippb.org.br/
É radialista – apresentador do programa “Viagem Espiritual”, na Rádio Mundial de São Paulo – 95.7 FM.

Fonte: Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas - IPPB. http://www.ippb.org.br/

quinta-feira, julho 22, 2010

Urântia



Urântia (Iurancha), você já ouviu falar sobre esse nome?

Trata-se do nome "oficial" de nosso planeta Terra de acordo com o Livro de Urântia.

Uma obra literária, composta por 197 documentos escritos em Inglês arcaico, traduzido recentemente para mais idiomas e que serve como base ideológica de alguns movimentos religiosos e filosóficos.

Nas suas páginas, o livro refere ter sido compilado por um corpo de seres supra-humanos das mais diversas ordens, o texto fornece uma surpreendente perspectiva das origens, história e destino humanos, constituindo para os seus leitores assiduos uma nova revelação para a humanidade.

A identidade dos autores materiais do livro é desconhecida e nunca foi reclamada, existindo por este motivo muitas teorias a respeito da sua edição e autenticidade. O próprio livro refere que é assim para que nenhum humano possa ser proclamado "profeta" ou admirado de alguma forma por tal obra literária.

Embora seja uma fonte de inspiração e conhecimento para muitos líderes religiosos e instituições estabelecidas, religiosas ou não, não surgiu, até hoje, religião formal de seus ensinamentos. Grupos de estudo, fundações, sociedades, continuam surgindo, pois o livro é uma inspiração a debates para todos aqueles que tomam conhecimento de seu conteúdo. O próprio livro aconselha à não formação de uma religião instituida, referindo que esta deve ser pessoal.
(fonte: Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Livro_de_Ur%C3%A2ntia)

Não cheguei a ler todo o Livro de Urântia (são incríveis 2.199 páginas), mas li muitos e interessantes capítulos tais como :

- A explicação sobre Deus (ou hierarquia Divina ou "divisão" de DEUS em uma hierarquia)
- O Universo Mestre e Os Sete Super Universos (tive que até fazer a representação gráfica abaixo para não me perder no raciocínio da quantidade de universos menores, setores, universos locais, constelações e outras divisões). São 7 trilhões de planetas habitáveis e habitados que existem, segundo a conta que cheguei.


- A Rebelião de Lúcifer e as consequências que afetaram o nosso planeta Urântia que entrou em uma "quarentena" celestial que contribuiu para o nosso "atraso" espiritual até hoje

Você pode baixar o livro no link abaixo:

http://www.urantia.com.br/downloads/arquivo.php?arquivo=o_livro_de_urantia.pdf

Posso dizer que para estudiosos e curiosos, como eu, de religiões, doutrinas e filosofias religiosas, é um prato cheio.

segunda-feira, julho 19, 2010

Umbanda - Esta incompreendida religião





(Sob a minha ótica, criada pelos meus estudos, pesquisas e vivências dentro e fora desta religião, criei uma síntese sobre as razões do surgimento desta religião em solo brasileiro)

O Surgimento da Umbanda



As antigas nações africanas cultuavam divindades ligadas à natureza. Cada divindade tinha o seu campo de atuação (vento, chuva, sol, lua, rios, mar, etc.), assim haviam centenas de orixás no panteão africano. Além disso, conheciam de maneira rudimentar as realidades espirituais (a vida pós morte, magias, curas espirituais, etc.), praticavando-as conforme o próprio grau de desenvolvimento.

O escravismo trouxe muitos espíritos de terras africanas (que tinham débitos passados) para as novas colônias, na condição de escravos.

Estes escravos traziam em sua bagagem cultural toda a sua religiosidade.

Grupos de varias nações foram colocados em senzalas comuns, na intenção de enfraquecer qualquer tentativa de fuga ou rebelião, já que as nações tinham dialetos e culturas diferentes. Aos poucos estas nações, foram se entendendo por necessidades comuns. E, aquilo que mais aproximavam umas das outras eram as formas de louvação à natureza, os orixás. Desta fusão de culturas, restaram apenas algumas dezenas de orixás comuns a todas as nações. Práticas religiosas foram sendo criadas ou misturadas para que todas as nações pudessem praticar juntas as suas religiosidades.

Muitos negros morreram devido aos inúmeros conflitos surgidos pela escravidão. Espíritos desencarnavam jurando vinganças. O ódio pelos brancos era cada vez mais aguçado e iniciaram as práticas da chamada magia negra, para vingarem dos seus "senhores".

Neste mesmo tempo, os brancos tentaram em vão escravizar os indígenas, também. Milhares de índios foram exterminados, engrossando a turma de espíritos vingativos.

Os brancos, com medo dos rituais que surgiam, trataram de colocar a igreja no meio da questão. Então, exigem que os negros deixem de lado os cultos tidos como pagãos em detrimento da santa religião. Como os negros não queriam afastar-se de seus orixás, mas obrigados a cultuarem os santos católicos, criam associações entre os orixás e os santos, na tentativa de conservarem o culto dos orixás, escondidos sob o culto aos santos. Surge aí o sincretismo religioso.

No lado espiritual, a situação é cada vez pior, pois a vingança gerava mais e mais vinganças. Negros prejudicavam brancos, através das feitiçarias, trazendo doenças, desgraças, etc. Os brancos geravam mais ódio e o ciclo era interminável.

Os espíritos de índios também contribuíam com a parcela de magias e vinganças.

Apesar dessa situação, alguns abnegados espíritos, "desciam" em vestimentas de escravos, para tentar elevar o padrão vibratório de seus irmãos. Em sabias e humildes lições, eles passavam conceitos de perdão, resignação e fé no futuro.

Era uma tentativa de abrandar corações e "quebrar" o ciclo vicioso de ódios.

A decretação do fim da escravidão, em todas as colônias, foi uma das maneiras de minimizar as dívidas contraídas.

Apesar disso, o negro liberto continuou com as suas práticas e com ritos distorcidos, já que estavam associados simbioticamente com os seus irmãos desencarnados, alimentando os antigos desafetos.

A aproximação entre brancos, negros e índios, criaram várias formas de culto. Muitas práticas ritualísticas, estavam totalmente distorcidas, distanciadas do verdadeiro sentido de uma religião.

Surgem no final do século dezenove, as chamadas "macumbas" que eram sessões de evocações a espíritos ancestrais e magias negras. Como existia um instrumento de percussão de origem africana, chamado de macumba e o tocador era chamado de macumbeiro, logo associaram o nome "macumba" a estas praticas de contato com o baixo astral.

Nesta mesma época, surge na Franca, sob a "mão" de Allan Kardec, a Doutrina dos Espíritos que é um conjunto de conceitos sobre a realidade espiritual. O Espiritismo surgiu com o claro objetivo de ligar o homem "moderno" a Deus, alavancando-o espiritualmente.

Os espíritos elevados que auxiliam a humanidade, trouxeram esta "boa nova" para as terras do novo continente, com o objetivo de preparar para o porvir o "homem da nova era".

Apesar da força que o Espiritismo ganha e com o numero crescente de adeptos nas terras brasileiras, não é possível, por várias razões, atingir a massa popular que já estava ligada a cultos fetichistas e de baixa condição vibracional.

Surge então a necessidade de criar condições para quebrar definitivamente o ciclo vicioso de ódio e vingança. Para isso, uma organização de espíritos, sob a aprovação do "Governador Espiritual", Jesus Cristo, através das próprias práticas aos orixás, cria condições de elevar o padrão vibratório daqueles que ainda se atrasam nas lides espirituais.

Esta organização é formada, também, por antigos espíritos de escravos, índios e brancos, envolvidos anteriormente na criação do ciclo vicioso.

Surgem os candomblés, que já é uma prática de louvação aos orixás.

No inicio do século vinte, precisamente em 1908, através de um jovem de 17 anos, chamado Zélio de Moraes, manifesta-se, em plena Federação Espírita do Niterói, um dos espíritos responsáveis pela criação de uma nova religião.

Este espírito se auto denomina de Caboclo das Sete Encruzilhadas e dita as bases da nova religião : a Umbanda. Segundo o Caboclo seria uma religião voltada a Deus, através da prática de caridade e atingia a todos, desde pobres e humildes até os mais abastados.

Proíbe a pratica de magia-negra, o uso de sacrifícios. Determina que os espíritos que irão "baixar" nos aparelhos utilizem-se das roupagens fluídicas de Caboclos, Pais-Velhos e Crianças, além dos Exus.

Simbolicamente os caboclos representam o vigor, os pais-velhos a sabedoria e a humildade e as crianças a pureza.

Como na natureza não há saltos, a Umbanda tem um enorme trabalho.

A primeira etapa é abarcar a tudo e a todos, ou seja, todos aqueles rituais distorcidos seriam extintos e todas as pessoas de todos os povos poderiam adentrar na Umbanda.

A segunda etapa seria unificar as práticas religiosas, no intuito de dar homogeneidade na forma de cultuar a Deus e seus emissários, os Orixás.

A Umbanda não tem, como o Espiritismo, uma codificação escrita. Ela recebeu, devido a todo o tipo de prática e todo o tipo de povo, influências do catolicismo, budismo, cultos afros e do próprio Espiritismo.

Como linhas mestras doutrinárias, a Umbanda tem como fundamentos :

- Crença num Deus Único
- Crença numa hierarquia elevadíssima de espíritos que denominamos de Orixás
- Crença na reencarnação
- Crença na eternidade da alma
- Crença na mediunidade e na comunicação com os espíritos
- Crença na evolução espiritual (e as diferentes classes de espíritos)
- Crença na Lei da Causa e Efeito (ou Lei do Retorno)

Existe uma organizaçãoo hierarquizada na Umbanda. Basicamente a hierarquia está dividida em :

Os Orixás dividem-se em Sete Linhas da Umbanda.

Em razão da fase inicial que a Umbanda se encontra, existe muita confusão sobre os nomes e a quantidade de Orixás, mas, eu considero como principais Oxalá, Oxossi, Ogum, Xangô, Yemanjá, Obaluaiê, Oxum, Yansã, Nanã e Ibeji

Sob esta hierarquia, os espíritos manifestam-se com as formas já mencionadas. Existem "cargos" de chefias de grupos, subgrupos, falanges, sub falanges, etc.

Os espíritos usam aquelas roupagens fluídicas por não haver necessidade de identificação do que foram nas encarnações passadas, "anulam" o individual em detrimento ao coletivo.

Não necessariamente estes espíritos que "baixam" como caboclos, por exemplo, foram silvícolas numa ultima encarnação. Eles usam esta roupagem por serem grandes conhecedores da natureza, mas, podem já terem encarnado em diversos locais do globo.

O que dá a força à Umbanda e ao mesmo tempo a enfraquece é justamente a influência de outros credos e filosofias de cunho religioso. Segue-se uma estrutura comum de crenças, mas não há uma uniformidade na prática umbandista. Esta é uma razão pela qual a Umbanda é tão incompreendida.
 

terça-feira, julho 13, 2010

Chico Xavier em tese de doutorado



O mestre em Psicologia Social Tiago Paz Albuquerque, hoje cursando doutorado nesta mesma área na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, está fazendo uma pesquisa sobre a imagem de Chico Xavier junto ao povo brasileiro.


Ele pede que as pessoas possam ajudá-lo, respondendo uma pesquisa eletrônica, no site abaixo.
Abaixo segue a solicitação deste pesquisador.


"Amigos e colegas,

Peço a colaboração de todos para responderem a um questionário que trata sobre a imagem de Chico Xavier junto ao público brasileiro. Esse questionário faz parte da minha pesquisa de doutorado em Psicologia Social, orientado pelo Prof. Dr. Celso Pereira de Sá, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ.

Para acessar ao questionário, basta clicar no link abaixo e responder.

http://pt.surveymonkey.com/s/pesq_quest

Se puderem, encaminhem esse e-mail para todos da sua lista de e-mails.

Obrigado,



Tiago Paz e Albuquerque
Aluno de doutorado
Programa de Pós-graduação em Psicologia Social
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
E-mail: tiagopaz@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/9814411412881480

20 vídeos com temas espirituais







Fonte: GEAE - Grupo de Estudos Avançados Espíritas

1 O Pássaro Azul


2 Em Nome de Deus


3 O Último Espírito


4 Chico Xavier Brilha - Uma Luz no Horizonte


5 Ressurreição


6 Perda de Pessoas Amadas Palestra de Nazareno Feitosa


7 Bezerra de Menezes: O Apóstolo da Caridade Palestra


8 Jacob Melo - Passe: O Magnetismo Espírita Teoria e Prática


9 Frederico Menezes - A Transição do Planeta Após 150 Anos


10 Reencarnação - A Lógica Reencarnacionista


11 Os Espíritos e os Efeitos Físicos


12 A Influência Espiritual


13 A Atitude Mental


14 Perturbação Espiritual


15 Sobre a Morte e o Morrer


16 Quando os Anjos Falam


17 A Corrente do Bem


18 Dr. Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito


19 Chico Xavier 1977 - 50 Anos de Mediunidade


20 Divaldo P. Franco - Evangelho e Vida O Poder da Oração

segunda-feira, julho 12, 2010

Dias melhores




Parece que está em nosso DNA o desejo de que dias melhores ainda existirão. Que as coisas irão melhorar.

Mas, fico surpreso com coisas horríveis que ocorrem no cotidiano demonstrando o quanto a raça humana está animalizada em alguns indivíduos. A minoria de pessoas monstruosas conseguem abalar o nosso bom senso e a esperança por dias melhores.

O que de fato ocorre nos "bastidores espirituais" para que essa situação perdure? O que está acontecendo para que "desajustados" espirituais surjam no panorama humano e tragam a sensação de que "as coisas estão piorando"?

Eu preciso manter a minha fé racional e minha ligação com a espiritualidade para entender a situação e obter respostas às minhas dúvidas sobre esse disparate evolutivo.

Assim, seguindo os meus estudos, pesquisas e orientações obtidas, venho com o meu entendimento sobre a situação:

Encarnados somos bem mais que 6 bilhões de espíritos. Segundo consta, o número de espíritos errantes (aqueles que estão "do lado de lá") é algumas vezes maior que nós, os encarnados. A fila é enorme para o reencarne e a necessidade de voltar à "experiência carnal" é maior ainda já que o "tempo está se esgotando".

Segundo a espiritualidade maior, nosso planeta está em franco processo de modificação espiritual, onde haverão transformações significativas no âmbito de nossa condição espiritual.

A plêiade espiritual, encarregada da condução deste planeta, está assoberbada de trabalho: devolvendo à carne espíritos que precisam de uma "última chance" uma vez que suas dívidas e grau de elevação os levaram à estagnação espiritual. Além destes espíritos, também chegam à densidade material, espíritos "comuns" e alguns missionários. Resumindo: o tráfego espiritual é intenso.

Assim sendo, mesmo cônscios de que tem a "última chance", muitos espíritos esquecem de suas necessidades de trabalho para a melhoria própria e chafurdam-se em seus próprios interesses. Encontram-se com antigos "inimigos" e vingam-se de modo cruel, às vezes associados a outros espíritos (encarnados ou não) tão endividados.

Mas, por que os "inocentes" tem que sofrer nas mãos destes bárbaros? Onde estaria Deus que parece não impedir isso?

A resposta é: esses inocentes, no passado, criaram condições negativas para que pudessem ser atigindos se o livre arbítrio de espíritos ainda endurecidos resolvessem agir com maldade. Aí está a Lei Divina em atuação: resgate e ajuste espirituais.

Mas, até quando tudo isso será assim? Até que essas "últimas chances" sejam esgotadas e espíritos tenham aproveitado ou não tal chance.

Manter-me equilibrado num emaranhado desse não é fácil, mas se aqui estou é porque eu também tenho condições espirituais suficientes para sentir essa negatividade toda, que eu mesmo ajudei a criar (agora ou anteriormente).

Agora é trabalhar para elevar esse estado de coisas. Orar, ligar-me a Deus, Melhorar-me, reformar-me intimamente e manter a fé no futuro, aproveitando o presente que é uma escola espiritual.

E, acima de tudo confiar em Deus, no Mestre Jesus e em seus trabalhadores.


Livros interessantes relacionados a este tema:
A Caminho da Luz - Emmanuel
Os Exilados da Capela - Edgard Armond
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