sexta-feira, março 27, 2009

A Cabana


Há livros que plantam transformações em nossa forma de lidar e se relacionar com o Criador e encarar a vida com uma visão mais abrangente.
Idéias e enredos, por vezes, absurdos, irreais e figurados, mas que fazem com que a vida tome outro rumo. Estes livros e seus contos trazem parcelas de luz para o meio desta escuridão na qual estamos mergulhados pelo nosso excessivo apego à matéria e ao imediatismo.
Um dos primeiros livros que me ajudou a encarar Jesus Cristo como um Deus mais próximo daquele que eu via, foi o "Operação Cavalo de Tróia" (o primeiro volume) de J. J. Benitez.
Antes eu entrava em uma igreja e via aquela imagem de Jesus crucificado e que subiu aos céus e láááá de sua "cadeira real", sentado ao lado de seu Pai, nos observava sem qualquer contato. Enquanto que eu me via como uma alma perdida, pecaminosa que nem vontade de ir, em todos os domingos, na missa eu tinha. Eu me achava com um único destino: o inferno eterno.
Bem, Jesus se aproximou de mim, por caminhos misteriosos. Eu me senti outro, salvo e amado. Passei a amar este "homem" e adotá-lo como "meu" salvador.
Mas, o Deus-Pai estava ainda distante de minha vida. Eu cria nEle, mas parecia que Ele estava lááá em seu trono divino, esperando-me para o "julgamento final".
E ainda por cima eu tinha muitas perguntas sem respostas...
Veio a fase "espírita" e Allan Kardec com suas preciosas obras sobre o Espiritismo trouxeram-me Deus pra bem pertinho. Todas aquelas dúvidas que eu tinha, se dissolveram. Principalmente o "O Livro dos Espíritos" respondeu a mim as minhas inquietudes.
Daquela vez, era Deus-Pai quem se aproximou de mim, por caminhos desconhecidos. Ele não era mais aquele Deus irado, aquele Deus furioso no qual deveríamos temê-lo.
Mas, ainda restava-me a dúvida sobre o "terceiro elemento" da "Santíssima Trindade": o Espírito Santo. O que efetivamente Ele poderia interferir sobre a minha vida e principalmente: como amá-lo sem entendê-lo?
Enfim, chegou em minhas mãos, através de um livro respostas que lidavam sobre os "Três".
Trata-se do "A Cabana" obra considerada ficção do autor William P. Young.
Bem, como diz a resenha, o conteúdo é uma "oração", um encontro diferente com Deus.
Não é possível falar muito sobre o livro para não ser estraga prazer, mas vale à pena ser lido.
A profundidade das lições são, no mínimo, gravadas lá em nossa alma.
Deus está ali, aqui e em nós. Como é bom tê-lo e estar nEle.

quinta-feira, março 12, 2009

Ah! Se você soubesse

O que fiz com boa intenção foi mal interpretado... por um beija-flor.


Ontem tive problemas com um. Ele voou para dentro da garagem e ficou perdido. Apesar de a porta estar aberta para que saísse, ele não conseguia vê-la. Pelo contrário: insistia em bater a cabeça contra a janela fechada. Estava determinado a sair, mas sua determinação não quebrava o vidro.


Logo toda a nossa família estava na garagem, lamentando sua confusão. “Ajude-o, papai”, veio o coro das minhas filhas.


Então tentei. Abri a janela, esperando que voasse por ela - mas não voou.

Ele escalou o friso da janela quando ela subiu. Cutuquei-o com um cabo de vassoura, achando que poderia voar pela janela, mais abaixo. Mas não voou.


Bati nele com mais força. Ele não se moveu. Finalmente depois de várias cutucadas firmes, ele fez um movimento... para o lado errado.

Em vez de voar para frente, agitou-se para trás, ficando entre as duas placas de vidro.


Agora estava preso. Que triste visão. Um passarinho debatendo-se dentro do vidro. Não tive escolha. Enfiei meus dedos pela abertura agarrei algumas penas e o puxei para fora. Tenho certeza de que ele não apreciou o puxão, mas pelo menos estava livre.


Eu estava sendo bondoso. O pássaro achou que eu era cruel. Se o passarinho ao menos soubesse que eu estava ali para ajudar... Se pelo menos soubesse que eu estava do lado dele... Se ao menos compreendesse que a plataforma móvel e a vara eram para protegê-lo...



Bem, posso estar exagerando em relação ao passarinho, mas não estou exagerando no que quero dizer. Todos os dias, a ajuda estendida por Deus é mal interpretada, como se fosse para ferir. Reclamamos de janelas fechadas, sem perceber a saída logo abaixo. Escapamos da vara que nos guia, e fugimos dos dedos que nos libertam.



“Se você ao menos soubesse...” eram minhas palavras para o pássaro.

“Se você ao menos soubesse...” são as palavras de Deus para nós.



Que palavras melancólicas para sair dos lábios de Deus. Quanta bondade em deixar-nos ouvi-las.

Como é importante pararmos para escutá-las. Se ao menos soubéssemos confiar...

Confiar que Deus deseja o melhor. Confiar que Ele está falando sério quando afirma:

“Bem sei os pensamentos que tenho sobre vós, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais”. (Jr 29:11)



* Extraído do livro: "Ouvindo Deus na Tormenta". De Max Lucado. Ed. CPAD
Related Posts with Thumbnails